Quem tem poder econômico paga, e muito bem, pelo aborto em clínicas clandestinas. São as mulheres pobres e negras que morrem devido ao aborto mal-feito. A proibição do aborto é que leva ao extermínio e criminalização da juventude negra (composta também pelas mulheres), pois as mulheres são obrigadas a realizá-los de maneira clandestina e insegura. Isso é mais uma das manifestações de racismo da sociedade brasileira. O aborto é um negócio nos EUA porque todo o sistema de saúde lá é privado. O modelo que defendemos é o aborto público realizado pelo SUS. Esse modelo é muito mais próximo ao de Portugal, onde comprovadamente o número de abortos diminuiu depois da legalização, pois as mulheres tiveram mais acesso à informação, e em vez de uma atitude desesperada, a interrupção da gravidez se tornou uma opção consciente.
O Comitê de Luta pela Legalização do Aborto/ Curitiba comunica que ESTÁ COM SUAS ATIVIDADES PARALISADAS desde o segundo semestre de 2009.
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Filme Bloodmoney: uma distorção da realidade racista da criminalização do aborto
No Brasil...
“As características mais comuns das mulheres que fazem o primeiro aborto é a idade até 19 anos, a cor negra e com filhos."
“A esmagadora maioria de mortes por aborto registradas no SUS são de mulheres negras, pobres, muitas vezes já mães de família, e chefes de família."
“Um milhão de abortos é realizado no Brasil a cada ano, com 250 mil internações por complicações do procedimento.”
“Uma em cada cinco mulheres brasileiras de 35 a 39 anos, residentes em áreas
urbanas, já fez aborto.”
ABORTO LEGAL, SEGURO E GRATUITO É UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA!
São as mulheres negras que sofrem maior falta de assistência à saúde e menor acesso a direitos reprodutivos, sendo a população que também apresenta maior risco de mortalidade materna. Soma-se a isso o racismo institucional de boa parte dos hospitais públicos, que maltrata as mulheres negras hospitalizadas em decorrência de abortos mal-sucedidos, além de outros constrangimentos físicos e morais.
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